CDU tem uma visão clara para os Açores

Propostas necessárias <br>para assegurar o futuro

A CDU está a apre­sentar, em todas as ilhas do ar­qui­pé­lago, o seu pro­jecto de fu­turo, cons­truído ao longo de dé­cadas de in­ter­venção po­lí­tica e so­cial.

É ne­ces­sário en­con­trar ou­tras so­lu­ções

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No se­gundo dia de cam­panha elei­toral, 3 de Ou­tubro, Aníbal Pires, ca­beça de lista da CDU pelo cír­culo elei­toral da ilha de São Mi­guel e de com­pen­sação, e An­tónio Fon­seca, pri­meiro can­di­dato pela ilha Gra­ciosa, es­ti­veram na baía da Barra, em Santa Cruz da Gra­ciosa.

Nos con­tactos efec­tu­ados, os can­di­datos acu­saram o PS de ser o maior obs­tá­culo ao de­sen­vol­vi­mento da­quela ilha. Aníbal Pires deu como exemplo as verbas con­se­guidas para a Ma­rina da Barra, que o PS não exe­cutou à sete anos, assim como, em Julho de 2016, a re­cusa de uma pro­posta da CDU para in­cluir a Gra­ciosa nas li­ga­ções da Atlan­ti­co­line.

O can­di­dato, que é também co­or­de­nador re­gi­onal do PCP, acusou ainda o PS de «in­sistir no erro», uma vez que os Açores «con­ti­nuam a apre­sentar in­di­ca­dores so­ciais e eco­nó­micos» que co­locam a re­gião «na causa das re­giões de Por­tugal e das re­giões eu­ro­peias». «Por­tanto, é ne­ces­sário en­con­trar ou­tras so­lu­ções», frisou Aníbal Pires, acres­cen­tando que nos con­tactos que man­teve com a po­pu­lação da ilha gra­ciosa re­cebeu muitas «queixas sobre ques­tões re­la­ci­o­nadas com a ha­bi­tação e rede viária».

Lutar

No dia se­guinte, 4, nas Flores, Aníbal Pires, acom­pa­nhado por João Paulo Cor­velo, pri­meiro can­di­dato da CDU por aquela ilha, vi­sitou o Lar de Idosos da Santa Casa da Mi­se­ri­córdia de Santa Cruz das Flores e es­teve reu­nido com a As­so­ci­ação de Agri­cul­tores da Ilha das Flores.

Também ali, o can­di­dato sa­li­entou que a eleição de João Paulo Cor­velo será um passo de­ci­sivo para lutar contra o es­que­ci­mento que a ilha tem sido su­jeita e para voltar a pôr as Flores na agenda po­lí­tica re­gi­onal, tal como su­cedeu no pas­sado, quando a CDU elegeu um de­pu­tado por aquela ilha.

«João Paulo Cor­velo será a voz dos flo­ren­tinos no Par­la­mento Re­gi­onal», su­bli­nhou Aníbal Pires, acu­sando os de­pu­tados do PS e do PSD, eleitos por aquela ilha, ao longo da úl­tima le­gis­la­tura, de não terem feito «ri­go­ro­sa­mente nada para re­solver os pro­blemas das Flores». Cri­ticou ainda o CDS de ser res­pon­sável, jun­ta­mente com o PSD, «pela perda de ren­di­mentos e em­po­bre­ci­mento dos idosos, do au­mento da idade da re­forma e de cortes nas pen­sões».

O re­forço da Co­li­gação PCP-PEV é de­ci­sivo para com­bater o des­po­vo­a­mento e a emi­gração dos jo­vens, mas também para re­lançar a eco­nomia das ilhas, para me­lhorar os trans­portes, para ga­rantir os in­ves­ti­mentos ne­ces­sá­rios na co­esão.

Am­bi­ente

No fe­riado de 5 de Ou­tubro, Aníbal Pires es­teve no Corvo. Acom­pa­nhado por Mário Braz, ca­beça de lista da CDU, o can­di­dato con­tactou com a po­pu­lação da Vila do Corvo, onde anun­ciou uma pro­posta da Co­li­gação PCP-PEV: a cons­trução de uma mini-cen­tral hi­dro­e­léc­trica que, as­so­ciada à pro­dução de energia eó­lica, per­mita tornar a ilha in­de­pen­dente de com­bus­tí­veis fós­seis para a pro­dução de energia eléc­trica.

Aníbal Pires re­lem­brou que já existem as suas ba­cias de re­tenção, pelo que falta apenas que a EDA faça o in­ves­ti­mento ne­ces­sário. «Po­demos me­lhorar a qua­li­dade am­bi­ental dos Açores», as­se­gurou o can­di­dato.

O can­di­dato de­fendeu, também, que «em con­junto com ou­tras forças po­lí­ticas e com as po­pu­la­ções» se devem en­con­trar «mo­delos de de­sen­vol­vi­mento para cada uma das ilhas, aten­dendo às ca­rac­te­rís­ticas e ao seu po­ten­cial en­dó­geno».

Mo­bi­li­dade

Na­quele dia, 5, o ca­beça de lista pelo cír­culo elei­toral da ilha de São Mi­guel e de com­pen­sação foi ao Faial, onde par­ti­cipou em ac­ções de cam­panha com o pri­meiro can­di­dato da CDU por aquela ilha, João Decq Motta.

Nas ini­ci­a­tivas, foi dado a co­nhecer que o Grupo Par­la­mentar do PCP na As­sem­bleia da Re­pú­blica apre­sentou um con­junto de per­guntas ao Go­verno da Re­pú­blica, no­me­a­da­mente ao mi­nistro do Pla­ne­a­mento e das Infra-es­tru­turas, sobre o au­mento da pista do ae­ro­porto da Horta, que é ne­ces­sário para cum­prir as normas de ope­ra­ci­o­na­li­dade.

João decq Motta con­si­derou que o ae­ro­porto e a se­gunda fase do re­or­de­na­mento do porto da Horta são duas ques­tões ab­so­lu­ta­mente vi­tais para o Faial. Aníbal Pires, por seu lado, falou na aposta na di­ver­si­fi­cação da agri­cul­tura, no­me­a­da­mente com a cri­ação de agên­cias lo­cais que apoiem e es­ti­mulem o modo de pro­dução bi­o­ló­gica, de modo a re­duzir a de­pen­dência do ex­te­rior.

Na Horta, quinta-feira, 6, Aníbal Pires e João Decq Motta aler­taram para os pro­blemas de de­gra­dação e de­ser­ti­fi­cação do centro da ci­dade. Para con­tra­riar a si­tu­ação, a CDU propõe um Plano de Re­a­bi­li­tação Ur­bana, não apenas para o Faial, mas para todo o ar­qui­pé­lago. A di­mensão do pro­blema obriga a que a Re­gião in­ter­venha, co­o­pere com os mu­ni­cí­pios e par­ti­cipe fi­nan­cei­ra­mente num es­forço para re­cu­perar o pa­tri­mónio dos Açores, re­a­bi­litar as lo­ca­li­dades e de­volver a alma às ci­dades e vila, de­fen­deram os can­di­datos.


Santa Maria não pre­cisa de mais pro­messas do PS
Tirar o plano re­gi­onal de saúde da ga­veta

Na sexta-feira, 7, o tema forte da cam­panha elei­toral da CDU foi a ac­tu­ação do Go­verno Re­gi­onal na área da saúde. «As in­ter­ven­ções que houve ao nível da saúde foram ca­suís­ticas. O se­cre­tário re­gi­onal, e não será por acaso que lhe foi também atri­buída também a tu­tela dos bom­beiros, li­mitou-se ao longo destes quatro anos a apagar focos de des­con­ten­ta­mento um pouco por toda a re­gião e pondo cla­ra­mente de lado aquilo que era o plano re­gi­onal de saúde», acusou Aníbal Pires, após uma vi­sita ao centro de Saúde de Santa Maria.

Em de­cla­ra­ções aos jor­na­listas, o can­di­dato pelo cír­culo elei­toral de São Mi­guel e de com­pen­sação la­mentou ainda que o exe­cu­tivo li­de­rado por Vasco Cor­deiro (PS) tenha «ini­ciado esta le­gis­la­tura com a apre­sen­tação de um plano re­gi­onal de saúde», mas o do­cu­mento «acabou por ficar nos ga­bi­netes».

«Aquilo que nós pro­pomos é que esse plano possa vir à dis­cussão pú­blica com uma ampla par­ti­ci­pação dos utentes, dos con­se­lhos con­sul­tivos dos cen­tros de saúde e das uni­dades de ilha por toda a re­gião, que se es­ta­be­leça um perfil de saúde» para cada uma das ilhas, de­fendeu Aníbal Pires, sus­ten­tando que «há um con­junto vasto de in­ter­ven­ções» para fazer no campo da saúde, não só para atender às ne­ces­si­dades da po­pu­lação re­si­dente, mas também para ga­rantir ser­viços de saúde aos tu­ristas.

No seu en­tender, «é pre­ciso ren­ta­bi­lizar» os re­cursos hu­manos e os equi­pa­mentos já ins­ta­lados, «fazer um le­van­ta­mento das ne­ces­si­dades, fixar mé­dicos de me­di­cina geral e fa­mi­liar, en­con­trando formas de al­terar os apoios que não podem ser só pe­cu­niá­rios», assim como al­terar a por­taria de des­lo­cação dos do­entes e a por­taria de des­lo­cação dos mé­dicos es­pe­ci­a­listas às ilhas sem hos­pi­tais.

O can­di­dato disse ainda ter co­nhe­ci­mento de que existem as­sis­tentes ope­ra­ci­o­nais que «fazem dois turnos se­guidos» apon­tando ainda para «ca­rên­cias» ao nível do pes­soal de en­fer­magem e mé­dicos.

Pro­blemas bá­sicos

Também Marco Co­elho, pri­meiro can­di­dato da CDU por Santa Maria, re­feriu que é ur­gente so­lu­ci­onar os pro­blemas bá­sicos que duram há de­ma­siado tempo, como a ne­ces­si­dade de au­mentar o nú­mero de mé­dicos ou a vinda de es­pe­ci­a­listas, como por exemplo pe­di­a­tria, à ilha. «Santa Maria pre­cisa de so­lu­ções e não de mais pro­messas!», afirmou.

As crí­ticas es­ten­deram-se também à po­lí­tica de trans­portes. Como exemplo apontou os ho­rá­rios de in­verno da SATA, com voos apenas à se­gunda e à sexta-feira de e para a ilha.


CDU em cam­panha em São Mi­guel
Aço­ri­anos es­que­cidos

Aníbal Pires, acom­pa­nhado por Cátia Be­ne­detti e de ou­tros can­di­datos da CDU pela ilha de São Mi­guel, per­correu as ruas da vila de Rabo de Peixe, no do­mingo, 9.

Na acção de cam­panha, o ca­beça de lista da Co­li­gação PCP/​PEV su­bli­nhou que «apesar dos muitos in­ves­ti­mentos de fa­chada» a co­mu­ni­dade pis­ca­tória tem sido des­pre­zada pelo poder po­lí­tico.

Re­corde-se que a sol­dada média du­rante os pri­meiros meses deste ano foi de apenas 56 euros por mês e que por de­trás destes pes­ca­dores estão mi­lhares de fa­mí­lias cuja sub­sis­tência de­pende da pesca.

Existem ainda ou­tros pro­blemas, como a sus­ten­ta­bi­li­dade dos re­cursos. Neste sen­tido, a CDU vai propor a uti­li­zação do Fundo Eu­ropeu dos As­suntos Ma­rí­timos e das Pescas (FEAMP) para fi­nan­ciar as pa­ra­gens bi­o­ló­gicas, ga­ran­tindo o ren­di­mento aos pes­ca­dores.

Aníbal Pires alertou ainda para «mais uma ameaça pen­dente sobre o sector das pescas», que passa por novos cortes nas quotas, no­me­a­da­mente no goraz e na abrótea. «É pre­ciso que o Es­tado por­tu­guês e a Re­gião lutem para que a gestão dos nossos mares seja feita por nós, pelas co­mu­ni­dades, em pro­xi­mi­dade», de­clarou o can­di­dato.

Saúde

Na se­gunda-feira, 10, os can­di­datos es­ti­veram no Hos­pital do Di­vino Es­pí­rito Santo, em Ponta Del­gada. Como des­tacou Aníbal Pires, aquele hos­pital «é mais um dos exem­plos do que tem sido a po­lí­tica do Go­verno Re­gi­onal do PS, não só em re­lação ao sector da saúde, mas também em re­lação aos tra­ba­lha­dores», re­fe­rindo-se ao abuso dos pro­gramas ocu­pa­ci­o­nais, à so­bre­carga de tra­balho a que estão su­jeitos os as­sis­tentes ope­ra­ci­o­nais e ao justo des­con­ten­ta­mento dos en­fer­meiros.

«Como é que é pos­sível termos um Ser­viço Re­gi­onal de Saúde mo­derno, eficaz e de qua­li­dade quando se tratam assim os seus tra­ba­lha­dores?», ques­ti­onou o can­di­dato.


Postos de re­colha do leite
ame­a­çados no Pico

Numa acção de con­tacto com a po­pu­lação do con­celho de Lajes, re­a­li­zada no do­mingo, 9, Sérgio Gon­çalves, pri­meiro can­di­dato da CDU pela ilha do Pico, pro­meteu que a CDU vai lutar contra o en­cer­ra­mento dos postos de re­colha de leite na ilha do Pico.

«É ina­cei­tável que se en­cerrem os postos, sem que sejam dadas quais­quer al­ter­na­tivas aos agri­cul­tores, que não sejam o ter de pagar do seu pró­prio bolso a co­lo­cação de li­nhas eléc­tricas até às ex­plo­ra­ções e a aqui­sição de equi­pa­mentos de frio ou, então, o terem de re­a­lizar vi­a­gens de de­zenas de qui­ló­me­tros duas vezes ao dia para en­tre­garem na fá­brica a sua pro­dução», afirmou o ca­beça de lista, con­si­de­rando aquela si­tu­ação «in­sus­ten­tável», tendo em conta que na ilha do Pico os agri­cul­tores estão a re­ceber apenas 19 cên­timos por litro de leite.

Co­mer­ci­antes

No dia 6, Sérgio Gon­çalves es­teve reu­nido com di­ri­gentes da As­so­ci­ação de Co­mer­ci­antes da Ilha do Pico, a quem ga­rantiu que a CDU le­vará as suas pre­o­cu­pa­ções ao Par­la­mento Re­gi­onal e con­ti­nuará a lutar pela de­fesa do de­sen­vol­vi­mento da ilha.




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